Queria andar mais rápido, não conseguia.
Acompanhar seus passos parecia impossível.
Estar na mesma sintonia que você era morte certa.
A única coisa que eu conseguia fazer era movimentar a cabeça só para responder suas perguntar que eram de agonia pura.
__________________________’’_______________________
Angústia, raiva, ansiedade, impaciência, minha vontade era falar tudo para você, era te mostrar que não só para você mas como para mim era um momento difícil, mas me segurei, falei séria e não chorei... até... te ver.
_________________________________’’________________________
Corria, e não chegava a lugar algum.
Vi uma luz; era você; um branco reluzente penetrava em seu corpo; um branco que me cegava e que me atraia mais para perto de ti.
Até chegar perto demais e perceber que o branco era ilusão; que o branco não passava da escuridão que você escondia de mim; da escuridão que odiava pensar em que um dia ela se revelaria e me mostraria o que eu custei para enxergar.
_______________________________’’_______________________
Nunca imaginei ver você assim, aos prantos, se engasgando com o próprio choro; já tinham me contado como era te ver assim, mas não sabia que era uma cena tão sufocante.
______________________________’’_____________________________
Me assustava a idéia de te deixar; de te abandonar.
Parecia um sacrifício, o mais doloroso, o mais sufocante e o único que eu sabia que ia acabar com a minha vida para sempre e que eu nunca mais iria te ver, ver seu sorriso, ver seus olhos, ver sua boca que me fazia transbordar de paixão; e o pior, só de pensar que nunca mais sentiria o seu calor, calor do seu abraço; fui fraca; desisti.
de Thaissa Fontoura.
Nas salas da vida
Há 6 anos