quinta-feira, 5 de maio de 2011

No banco da escola

Olho o gosto do sentimento
Gosto de sentir o olhar
Mas esses olhares,
sentimentos,
gostos,
Não são meus.

Torno-me mutante desde que nasci
Nasci desde que me tornei mutante
Mas essa vida,
nascimentos,
desejos,
Nunca foram meus.

Viro falso, poeta e exato
Viro poeta, falso, exato
Viro falso exato poeta.
Mas essas poesias,
cálculos,
essas pessoas,
Não são minhas.

O que sou?
Sou o que não sou
O que sempre quero ser
Sou o eu para te agradar
Sou o eu para te fazer sofrer
Sou o eu para te discordar
Sou eu para viver.

2 comentários:

Ricardo disse...

Muito boa, muito boa!!!
Gostei muito dessa, de verdade, mais do que a que você postou no Boteco dos Amigos.
Não sei nem comentar/criticar ela.

Vinicius M. disse...

Mtu Bom!

 
BlogBlogs.Com.Br