Esta analise é mais elaborada que a primeira, devo certamente avisá-los que o texto a seguir não tem nada de útil, são só palavras que terminam meu ponto de vista. Nessa analise, deixando um pouco meu eu de lado, a visão vai ser do mundo, das pessoas, dos outros, sem deixar, é claro, de ser egoísta, porque o egoísmo é parte fundamental do meu ver de mundo.
Peguei então dois fatos, um novo e o outro contado na primeira analise para explicar o que aconteceu aquele ano:
Quando eu tinha seis anos (pouco me lembro dessa época), em 1999, aconteceram diversas coisas que me fizeram entender mais do mundo em que vivo.
No dia 21 de abril daquele ano, eu, ao chegar da escola, fui visitar minha avó. Cheguei a sua casa, alegre, por ter sido convidado para uma festa de um amigo da escola, que a avó dele era amiga da minha. Douglas era seu nome. Eu cheguei a sua casa e como estava feliz, fiz ver minha alegria contagiar minha avó. Colocou o convite na geladeira para não se esquecer da data e me convidou para almoçar com ela, eu falei que não, não me lembro porque, mas eu neguei seu pedido e prometi que voltaria após o almoço na minha casa. Prometi, esse foi meu erro. Esquecer, meu segundo erro. Nunca esqueça sua promessa. Ela não estava feliz, pelo contrário, estava mal, doente, meu avô, pelo que me disseram, não quis deixá-la ir para o hospital, não permitiu chamar uma ambulância. Eu, depois do almoço, ao contrário do que prometi, fui ver televisão até a empregada de o meu avô bater desesperadamente na porta. Do que eu me lembro depois? Ir a casa do meu avô, ver minha avó na cama, branca pálida, nunca entendi porque passavam álcool nela, ver a enfermeira dizendo algo para minha mãe enquanto ela abaixava a cabeça, alguém me puxando para fora da casa e por fim, um longo passeio e logo após, um lanche no Mc Donald’s.
Eu queria ir ao seu enterro, queria vê-la uma ultima vez, mas não deixaram, porque afinal, cemitério não é local para crianças. Hoje em dia sinto falta dela, como se ela estivesse viva até ontem e hoje poderia me ajudar. Por que não pude vê-la?
Todos são hipócritas! Eu sou, porque quando meu avô passou mal, a pouco tempo atrás, eu retirei meu irmão do local, não sei porque, não queria que ele visse algo que marcasse na vida dele por um longo tempo.
No mesmo ano, riram de mim em uma peça escolar, que eu comentei na analise anterior, e também tive minha formatura.
Conheci naquele ano, a verdade que está presente entre nós, a que temos medo, ela, a morte.
Nas salas da vida
Há 6 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário