quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Na varanda

Você virou uma desconhecida
eu sou apenas o que sempre fui
mas você não "acha nada"
como aquele sentimento antigo
aflorando novamente só pra mim
vai ver você já notou
e na verdade, já até comentou.

O que sinto por ela, não é nada demais
é apenas um sentimento que deixei pra trás
O que posso falar dela, coisa demais
só posso dizer que ela me deixa em paz

Sou ser humano, tenho esse direito
Melhor do que viver com preconceito
Faço o melhor de mim para você
tento coibir esse prazer

Não quero parecer insano
Nem tão pouco leviano
mas é que as vezes bate saudade
do que já foi bom de verdade.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Fora Brasil

Leva tudo embora
só fica eu e os sentimentos
materialmente vai-se à fora
voltando em vários momentos

De vez em quando acho
tudo vai mudar
de vez em quando penso
onde é o melhor lugar?

Não estou na depressão,
outra fonte geográfica
ninguém ouve minha voz
outra fonte de argumento

Fica triste, chateado, desolado
nervoso, atordoado, impiedoso
fiel, infiel, disposto
no suposto regime do comando

Estou no regime desse comando
A gargalhada do suplente
que me vê gritando.

Estou no comando.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Mind The Gap

Mais uma imaginação sobrevivente
Um mundo de intrigas decorrentes
Vacila nas palavras que solta
Libera a tristeza em sua volta

Não aprende, infelizmente
Não vive, literalmente
Não seja tão sincero consigo mesmo
é tão fácil viver sem desespero

Sua vida no aguarde de outra vida,
vivendo uma barreira infinita,
as infinitas possibilidades que circulam
em sua volta elas não caem
vai ao mundo e pede seu perdão
não sai da mão, da sua boca
é um vão, entre mim
e seu coração.





quarta-feira, 7 de setembro de 2011

É o fim de tudo

Estou sentindo aquela sensação novamente
Não posso vê-la, não posso tocá-la
Estou, agora, na posição inversa
estou vivendo a dificuldade
é inverso, mas não é proporcional

Quando as mães vêem seus filhos chorar
Quando os mundos se acabam
Quando não há existência
Quando a morte chegar

Aqueles que se dizem gênios
os que sofrem e são torturados
essa dor que não chega
ela não chega perto de mim

Na janela do ônibus vi seu reflexo
olhei para o lado.
No meio da rua vi seu reflexo
olhei para o lado.

Vejo duas, duas.
Para dentro de mim.
Quero fora de mim.
Permita sempre ser assim.
Ser, sempre, sempre assim.

Não há existência e não há fim
Nada é constante dentro de mim
Nada vai pra fora
Nada vai embora
é o fim de tudo.
É o fim.

domingo, 10 de julho de 2011

Não é o fim de tudo

Se voltasse no tempo
Seria agora
Ninguém estava comigo
Ninguém estava
Alguém está
Está sentada no sofá

Não é o fim do mundo
Engula isso
Siga em frente
Como sempre seguiu
Como sempre foi
Como sempre vai ser

picadas
dentadas
mordidas
e
Abraços.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

No banco da escola

Olho o gosto do sentimento
Gosto de sentir o olhar
Mas esses olhares,
sentimentos,
gostos,
Não são meus.

Torno-me mutante desde que nasci
Nasci desde que me tornei mutante
Mas essa vida,
nascimentos,
desejos,
Nunca foram meus.

Viro falso, poeta e exato
Viro poeta, falso, exato
Viro falso exato poeta.
Mas essas poesias,
cálculos,
essas pessoas,
Não são minhas.

O que sou?
Sou o que não sou
O que sempre quero ser
Sou o eu para te agradar
Sou o eu para te fazer sofrer
Sou o eu para te discordar
Sou eu para viver.
 
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